sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Aprender com O jardineiro

 
Um dia, o executivo de uma grande empresa contratou, pelo telefone, um jardineiro autônomo para fazer a manutenção do seu jardim. Chegando em casa, o executivo viu que estava contratando um garoto de apenas 15 ou 16 anos de idade. Contudo, como já estava contratado, ele pediu para que o garoto executasse o serviço.
Quando terminou, o garoto solicitou ao dono da casa permissão para utilizar o telefone e o executivo não pôde deixar de ouvir a conversa. O garoto ligou para uma mulher e perguntou: “A senhora está precisando de um jardineiro?”
– “Não. Eu já tenho um”.
–“Mas, além de aparar a grama, frisou o garoto, eu também tiro o lixo.”
– “Nada demais, retrucou a senhora, do outro lado da linha. O meu jardineiro também faz isso.”
O garoto insistiu: “eu limpo e lubrifico todas as ferramentas no final do serviço.”
– O meu jardineiro também, tornou a falar a senhora.
– Eu faço a programação de atendimento, o mais rápido possível.
– Bom, o meu jardineiro também me atende prontamente. Nunca me deixa esperando. Nunca se atrasa.
Numa última tentativa, o menino arriscou: “o meu preço é um dos melhores.”
– Não- disse firme a voz ao telefone - Muito obrigada! O preço do meu jardineiro também é muito bom.
Desligado o telefone, o executivo disse ao jardineiro: “Meu rapaz, você perdeu um cliente.”
– Claro que não - respondeu rápido - “Eu sou o jardineiro dela. Fiz isto apenas para medir o quanto ela estava satisfeita comigo.”
Em se falando do jardim das afeições, quantos de nós teríamos a coragem de fazer a pesquisa deste jardineiro? E, se fizéssemos, qual seria o resultado? Será que alcançaríamos o grau de satisfação da cliente do pequeno jardineiro?
Será que temos, sempre em tempo oportuno e preciso, aparado as arestas dos azedumes e dos pequenos mal-entendidos? Ou estamos permitindo que se acumule o lixo das mágoas e da indiferença nos canteiros onde deveriam se concentrar as flores da afeição mais pura?

"LUIZA JÁ VOLTOU DO CANADÁ E NÓS JÁ FOMOS MAIS INTELIGENTES"


"LUIZA JÁ VOLTOU DO CANADÁ E NÓS JÁ FOMOS MAIS INTELIGENTES"



A República das Bananas teve mais uns dos seus dias de glória. A vida dos seus moradores foi infestada esses dias por dois assuntos esdrúxulos: um programa de TV que teve um suposto estupro, mas que foi mais uma jogada de marketing para alavancar a audiência para aquilo que é um lixo de última categoria, e uma moça que teve o seu nome citado em um comercial virou celebridade do dia para a noite. É claro que não repeti isso em minhas conversas pessoais, nem em minhas redes sociais, mas você entra no turbilhão contra a vontade, pois muitos  crentes entraram  no esquema.

Sim, achei uma tremenda falta do que fazer, uma burrice sem tamanho, e tudo de ruim que você possa imaginar. Sim, pensei como somos levados a fazer o que não tem sentido, como damos atenção a coisas que não geram nada, e como somos manipuláveis, massa de manobra. Sim, pensei em como assuntos de suma importância não são levados em conta, em como não se divulga nos perfis crentes nas redes sociais bons videos, bons textos, bons livros. Mas, em como essa lixaria pegou ligeiro. Isso pensei, mas não tenho a mídia nas mãos, era pensamento para mim, e para os meus.

E não é que alguém parece pensou igual e esse sim tem o Brasil todo para falar, e falou. Carlos Nascimento, do Jornal do SBT, contrariando seus pares que entraram na onda e reverberavam essa lixaria, em um vídeo de 44 segundos disse tudo o que eu queria dizer, com uma diferença, ele tem muito mais audiência que eu. Jornalista de verdade dá gosto ver e ouvir. Assista e pense nas palavras sábias desse âncora.
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Concordo plenamente com o autor, Já o parabenizei!